Talvez seja eu a única inexistência

Data 23/04/2014 17:37:08 | Tópico: Poemas -> Introspecção

quando já é vasto o deserto
e nele se aprendeu a caminhar
um oásis atrevido surge fresco
[mais
que o devido]
e me deixa no centro
como se tudo fosse feito
pra mim

e fico num berço
de cheiros, cores
e frescor de água doce
acreditando que isso nunca terá fim...

quando num giro repentino do tempo
tudo se desmancha no vento
deixando o sonho travestido
de descontentamento

o que faz peso e dá medo
é perceber que a surpresa
é refinada ausência
por saber-me transeunte
em terrenos de paz
sobre minas de conflitos

talvez o deserto e o oásis
sejam únicas realidades

e o sonho seja eu...

colorindo e apagando
em cenários pre.escritos











por que surpresas
se sou das marés...?



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