
Os sinos dobram pela liberdade
Data 29/04/2014 15:13:41 | Tópico: Poemas
| http://www.youtube.com/watch?v=hMvj0kzCguc
Há um poeta enforcado no campanário Dlim-dlão, dlim-dlão, poema sim, poema não
Serve o seu corpo frio de contrapeso Dlim-dlão, dlim-dlão, poema sim, poema não
A corda esticada num pescoço operário Dlim-dlão, dlim-dlão, poema sim, poema não
E nas calças um pénis bem teso Dlim-dlão, dlim-dlão, poema sim, poema não
Junta-se o povo em burburinho Dlim-dlão, dlim-dlão, poema sim, poema não
Mais as carpideiras e os cangalheiros Dlim-dlão, dlim-dlão, poema sim, poema não
Umas choram, outras gemem baixinho Dlim-dlão, dlim-dlão, poema sim, poema não
Outros fazem contas aos seus dinheiros Dlim-dlão, dlim-dlão, poema sim, poema não
E o poeta mais morto que peru Dlim-dlão, dlim-dlão, poema sim, poema não
Mas altivo nessa morte sem igual Dlim-dlão, dlim-dlão, poema sim, poema não
Tem escrito no peito, a tinta-cru: Dlim-dlão, dlim-dlão, poema sim, poema não
- Fodei-vos! Liberdade não é coisa banal Dlim-dlão, dlim-dlão, poema sim, poema não
- Podeis meter a minha morte no cu! Dlim-dlão, dlim-dlão, poema sim, poema não
- Que eu nunca morri afinal! Dlim-dlão, dlim-dlão, poema sim, poema não
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