Amor...

Data 28/05/2014 11:06:14 | Tópico: Sonetos

O vocábulo amor anda de boca em boca
Num tempo em que a maldade impera,
A ganancia, inveja, e maledicência tosca
Meu Deus, em palavra vã, o amor degenera

Ridiculamente irrisório, atulha em troca
De holofote luzente na fartura,
Ou na mingua, assoberbante engenhoca
Num tempo sem cerejas, que seja sincera

A palavra amor, traga na lapela a esperança
Consiga fazer da vida bonança.
No olhar afeição, no canto da boca melodia


Então talvez o poeta arranque da alma
Os sentimentos que extorquiu da lama
E os resguarde p`ra sempre da ventania

Poesia de Antónia Ruivo
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