
soneto da virtude atingível
Data 30/05/2014 14:51:00 | Tópico: Sonetos
| " Ó SIMÃO MAGO, ó míseros sequazes Por quem de Deus os dons só prometidos A virtude, em rapina contumazes,
Por ouro e prata estão prostituídos! Por vós tange ora a tuba sonorosa: Jazeis na tércia cava subvertidos.
A Divina Comédia - Inferno - canto xix
Deixe as paixões atormentadas que transformam em servos; vorazes dos regalos enganosos, os medíocres arrogantes que buscam lauréis. Acolha com serenidade os acordes da lira da retas-atitudes, audazes; aparte do rol o enxame dos cínicos, [da perfídia] renomados bacharéis.
Não anele apenas amealhar riquezas [d’ouro], os meros bens-materiais, somente atulhar farta a nave d’alma com a mirra, paládio e os brocados. Suponha então, ao menos consagrar nas aras sublimes das virtudes reais o destino esboçado [- posto tido inexorável -]. fluxos a serem moldados.
Cada fadário, se implacável, das atitudes flexíveis, é o reflexo tangível, aspiração íntegra modela-se às virtudes, anelo austero anui perceptível; imaginário seria supor inexistir qualquer que pudesse [não] ser esculpido.
Na lira dos reais-valores, jamais soarão acordes de transversas atitudes; nenhum destino restará inabalável da lídima pratica das táteis virtudes, posturas genuínas, inflexíveis, prevalecerão sobre qualquer vício temido.
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