Sonetos : 

soneto da virtude atingível

 
" Ó SIMÃO MAGO, ó míseros sequazes
Por quem de Deus os dons só prometidos
A virtude, em rapina contumazes,

Por ouro e prata estão prostituídos!
Por vós tange ora a tuba sonorosa:
Jazeis na tércia cava subvertidos.

A Divina Comédia - Inferno - canto xix




Deixe as paixões atormentadas que transformam em servos; vorazes
dos regalos enganosos, os medíocres arrogantes que buscam lauréis.
Acolha com serenidade os acordes da lira da retas-atitudes, audazes;
aparte do rol o enxame dos cínicos, [da perfídia] renomados bacharéis.

Não anele apenas amealhar riquezas [d’ouro], os meros bens-materiais,
somente atulhar farta a nave d’alma com a mirra, paládio e os brocados.
Suponha então, ao menos consagrar nas aras sublimes das virtudes reais
o destino esboçado [- posto tido inexorável -]. fluxos a serem moldados.

Cada fadário, se implacável, das atitudes flexíveis, é o reflexo tangível,
aspiração íntegra modela-se às virtudes, anelo austero anui perceptível;
imaginário seria supor inexistir qualquer que pudesse [não] ser esculpido.

Na lira dos reais-valores, jamais soarão acordes de transversas atitudes;
nenhum destino restará inabalável da lídima pratica das táteis virtudes,
posturas genuínas, inflexíveis, prevalecerão sobre qualquer vício temido.




 
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shen.noshsaum
 
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