A ternura do papel

Data 16/08/2014 19:25:33 | Tópico: Poemas

O papel todo esbranquicado, branco que nem a neve
atraente com o seu aspecto leve.
Exigente de todo o cuidado de quem faz o seu uso.
Estranha a mao que nao ousa toca-lo.
Com a sua brancura roga que alguem pelo menos uma vez ao dia o risque, o pinte e que nao o rasgue.
Descubri!
A beleza do papel esta na escritura humilde e carente de um escritor pricipiante, que nao sabe o que escrever e como comecar uma coisa mesmo se a ideia existir, nao ousa.
Brancura reluzente, e a sua ternura, sua tristeza ,seu vazio e o desejo de que por ventura alguem o possa pintar, riscar a rimar.
E desejo de que muitos possam se acomodar a ele, desabafar o que nao se pode contar a um semelhante,
o que acha o coracao humilhante.
Guarda o papel segredos, sacrificio dos dedos.


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=276811