Ecstasy

Data 21/09/2014 14:07:02 | Tópico: Poemas -> Amor

Como pode um cubo de gelo
ser razão nesta adição?
Se no organismo é flagelo
que se agita em locomoção,
Nos líquidos uma redução
que acaba por não ocorrer,
Água na boca como junção
que fará a sede desvanecer,
E quando o corpo aquecer
leva-me, leva-me ao final,
Até a alteração ocorrer
no meu sistema sensorial,
Não no reconhecimento facial
que te raciocina, parada
E se o libido existencial
encher uma piscina, nada
Em hipertermia mergulhada
num colapso de metabolismos,
Que outra fórmula apaixonada
torna espasmos em sismos?
Orgasmos em algarismos
enumeram a tua actividade,
Sarcasmos em eufemismos
expressam a tua suavidade
que te torna na identidade
do bem estar que assinalo,
Convulsões em quantidade
que não calo, eu inalo,
Eu desinstalo o intervalo
só para continuar a ver
o teu véu me levar de embalo
ao céu antes de eu morrer,
Em 30 minutos de prazer
percorro o corpo em gemido,
Em 30 minutos irá suceder
um socorro não permitido,
Vejo-te em sono adormecido
como se estivesse acordado,
E no ecstasy, o comprimido
que deixou o amor ampliado.

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