; é-me estranha a imagem da estrada que começa

Data 24/09/2014 06:30:31 | Tópico: Poemas

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; é-me estranha a imagem da estrada que começa
decepada
sinuosa.

É verdade que confio no caminho
por entre as cores do castanho outono
perfilando distâncias e as flores antes plenas que te estendo
sem a sombra do bando de pássaros migrando a sul

despedem-se os que nada levam consigo
partem embalados
talvez existam amores clandestinos algures
de nada servindo constelações ou cometas
além das nuvens escuras desveladas aqui
ali.

I

Então as mãos que se estranham
submersas pelo anoitecer
deixam de deslizar
o espanto que as guiava.

II

;ouço os passos da tua voz que se afastam
[como a estranha imagem da estrada que agora recomeço]

é assim a anteaurora
assim o teu olhar

velando-me

já nada depende de mim. enfim.





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