"O Silêncio das Estátuas"
Data 09/10/2014 05:05:46 | Tópico: Poemas -> Intervenção
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Preciso tanto descansar... deitar-me a repousar sobre a terra ... abraçar o céu beijar o mar aí ... só para eu ter a certeza que a lua que dança nesta cidade de cais embriagados pelas pontes é a mesma que se noivou com o Sol aí nesse tão longe que é o mais perto deste mim a repousar... o meu destino... agora!
Abre tuas mãos, meu amor, solene coração de seda, e... sente ... o tombar ... da coluna marcial a fechar... o círculo mudez do meu gritar combate! ah, se houvesse força para lutar ... mas aos milhares... os velhinhos e as crianças dobram os joelhos erguem aos céus os seus olhares e ... oram ... escuta-se ao longe o cheiro do fumo ... um cavaleiro rodopia no campo de batalha ainda vocifera: - vencemos! - coitado, não enxerga que é dono dum deserto... baixinho, quase inaudível, o murmúrio uníssono do hino abraça a cruz de Deus rogando por piedade ... e... todos se foram ... Cristo ? Quem sabe quando e se Ele voltará...
Entretranto, minha querida, arranco do meu peito o medalhão que te ama abre as tua mãos , meu amor, e vê como brilha o ouro desta minha invisível oferenda ... sou teu hoje e para sempre ainda escuto os metais inventados para serem donos da carne que dilaceram já se ergue a bandeira dos que venceram os derrotados... não morreram beijaram o sagrado abraçados ao chão descansam... ao meu lado ...
... nos três volumes de História Universal ...
Luiz Sommerville Junior, 280620112044
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