Observação

Data 18/10/2014 22:51:09 | Tópico: Poemas

Tantas pessoas!

Tanto ar ao meu redor!

Mas esse ar que inspiro e respiro dos pulmões de tantos irmãos...

De tantos que sem noção, agridem a própria nação.

Poxa...

Vejo pessoas que perdidas em suas próprias mágoas, insistem em se mostrarem fortes, mas não uma força que constrói, uma força que evolui, através de um amor que doma a dor...

Mas vejo uma força, em parte de um povo, que corrói seu próprio buscador, sem se importar com o ciclo vicioso que se forjou.

Apesar de meu olhar, apesar de minha pele encostar, ou até mesmo de meu coração se lamentar com tanta hostilidade, refletida em uma razão de existência retraída...
Não observo para julgar, nem tão pouco condenar...

Vai minha esperança, visita meu povo, meus irmãos que se destroem, numa simples viagem de trem em direção a sua tortura diária...

Sem se mover para uma direção alternativa, e sem sabedoria, esmagando pouco a pouco, suas almas em uma prisão escondida.

Mas quem é que enxerga?
Quem é que vê?

Pode ser que seja eu, um simples cidadão, andante em sua missão...

De amar e observar, numa constante vontade, de se não se misturar com o montante.

Eu vejo em cada manhã...

Eu vejo em cada entardecer, entardecer ou anoitecer, independente do dia em que estou solto por aí a me misturar com o prazer de poder observar meu próximo.


Acho a observação importante, pra poder entender que o nosso lugar não é menos importante, que o de nossos irmãos em meio a multidão.

Multidão que se mistura sem entender o significado de uma nação próspera, e que precisa dar as mãos para poder crescer e envelhecer sem indignação.

Antonio de J. Flores

Olhar...
Olhar e aprender!



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=280570