O INFINITO DE MINH'ALMA

Data 19/10/2014 23:12:22 | Tópico: Poemas

(crônica)

Os humores do mundo permeiam, enchem Minh ‘alma! Não consigo viver aquém do burburinho mundano, muito menos além, estou no meio dessa loucura humana! Estou encharcado das idiotices, das maldades, das ignorâncias humanas, mas também da bondade, dos valores humanos dignos! Sinto o peso de todas as construções e descontrações humanas! As maravilhas da Inteligência humana me refrigeram a alma: a ciência, a arte, a tecnologia, a medicina, a minha amada poesia,... Já, as tragédias pesam-me toneladas! Que tenho eu a ver com tudo isso? Já disse, não sei ser neutro!
Minha sensibilidade sofre os sofrimentos humanos do mundo todo; minha percepção capta boas e más intenções de todos no mundo todo! Carrego o fardo da humanidade nos ombros – os leves e os pesados! Minh ’alma já era globalizada muito antes da Globalização Mundial! Já nasci com uma antena que capta as revoluções da alma humana em qualquer parte da Terra, tanto para o Bem, quanto para o Mal: a dor dos refugiados, dos discriminados da fé, da cor, do status social,... dos que amam e não são amados, dos que seguem o caminho errado,... dos que passam fome, dos sem lar, dos loucos e de todos os doentes,...
No mundo infinito de minh’alma estão os sucessos da humanidade: as pessoas felizes, que escolheram o caminho certo; as famílias felizes; o sorriso dos sonhos realizados; as crianças; a firmeza dos fortes; os bem amados; os que vivem na segurança de seus lares - não sofrem nem frio nem fome; dos que adquiriram conhecimentos em todas as áreas da atividade humana,...
Pode-se ver pela janela da Minh ‘alma a natureza bela: as flores, os rios, as cachoeiras, as árvores, os animais, as pedras, o mar, a chuva, o sereno da madrugada, as pedras preciosas, o ouro (quanta história tem o ouro...), a neve, os vulcões em erupção, as estrelas do céu, a luz do Sol, o azul do céu (que não e céu nem é azul),...
O Mundo entrou em minh’alma pelos meus poros, pelos meus olhos, pelos ouvidos, pelo nariz, pela boca, as mãos,... Nasci aberto para o Mundo! Não aprendi a fechar a porta, as janelas de Minh ‘alma nem ao mendigo nem ao poderoso! Dizem que sou ingênuo! Quem tem a verdade? Também não sou insensível nem ao que sofre nem ao que é feliz seja por amor seja por paixão ou aos que sentem dor ou prazer no corpo ou na alma,... Dizem: por isso sou assim meio louco! Por acaso o Mundo é normal? As pessoas sãs... cuidado... os loucos como eu somos inofensivos! Somos loucos por excesso de sentimentos, emoção, autenticidade,...
Convenhamos: pelo jeito que sou, fujo ao normal dos homens! Seja... Os políticos corruptos, os magistrados desonestos, muita “gente boa”... são tidos como normais, mais que isso, são modelos, tipos a seguir, formadores de opinião e de moda!
A sociedade valoriza a aparências! Minh ‘alma sacia-se da essência!






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