Asas, quem dera

Data 24/10/2014 00:07:57 | Tópico: Poemas

Quem dera, Ícaro, tuas asas não
tivessem derretido e o teu voo
nos ensinasse que há algum sentido.

Quem dera, Cartáfilo Errante,
que teus passos
chegassem a algum destino
e que o nosso andar não fosse apenas
o nosso destino.

Quem dera, Cavaleiro Andante,
que a tua sacra insanidade
decretasse o fim de
toda mediocridade.

Quem dera, Santos Loucos,
que as tuas guerras tivessem derrotado
a árida realidade que nos apequena
nesse obscuro canto de cena.

E quem dera, Poeta, teus versos
fossem uma trilha sempre seguida
entre as cores e as dores da vida.


Lettré, l´art et la Culture. Rio de Janeiro, Primavera de 2014.



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