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Data 05/11/2014 15:27:09 | Tópico: Poemas

Leio tua pele estrangeira,
amiga da impiedade do tempo,
do calendário de sal
- um verbo de pedra na vidraça do poema.

Leio-a com a boca posta,
com as mãos despidas
sobre a carne insone
de uma página aberta;
eu pedinte muda,
encharcada de sombra e incêndio.



No cântaro vazio do teu corpo
deito os meus olhos de água.



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