Um quase poema de amor

Data 06/11/2014 11:01:55 | Tópico: Poemas

Frios, os olhos
Viúva negra.
Teces a teia
Entre castelos
Num quase olhar.

Quentes, as setas
Puro verbo.
Cravas palavras
Que se empurram
Num quase querer.

Ácidos, os beijos
Doce veneno.
Plantas cicuta
Aquecida ao sol
Num quase existir.

Áspera, a mão
Escura luz.
Embalas o ser
Adormecido
Numa quase dor.

Crus, os encantos
Límpido véu.
Cobres sentidos
Anestesiados
Num quase amor.



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