Poemas : 

Um quase poema de amor

 
Frios, os olhos
Viúva negra.
Teces a teia
Entre castelos
Num quase olhar.

Quentes, as setas
Puro verbo.
Cravas palavras
Que se empurram
Num quase querer.

Ácidos, os beijos
Doce veneno.
Plantas cicuta
Aquecida ao sol
Num quase existir.

Áspera, a mão
Escura luz.
Embalas o ser
Adormecido
Numa quase dor.

Crus, os encantos
Límpido véu.
Cobres sentidos
Anestesiados
Num quase amor.


Viver é sair para a rua de manhã, aprender a amar e à noite voltar para casa.

 
Autor
silva.d.c
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 06/11/2014 12:10  Atualizado: 06/11/2014 12:10
 Re: Um quase poema de amor
Para mim,fez sentido o titulo ao ler, com atenção suas palavras poéticas.Como um rondar que investiga e intui algo ainda não muito clarificado ou por conhecer profundamente o foco de envio que inspirou sua poesia Bem legal, porque pelo a mim fica a insistência de reler mais algumas vezes e a cada leitura algo diferente surge na mente.Valeu Poeta!