ARREPENDIDO
Data 09/01/2015 13:09:54 | Tópico: Sonetos
| ARREPENDIDO
Envenenado cedi às ilusões descabidas. Oh! A deixei, sem porquês... Indiferente... Não mais um coração, só marcas e feridas, Quando súplice voltei, envergonhadamente:
“Perdoa-me, doce amada, as sinuosas curvas Traçadas por mim em tua reta existência...” E seus olhos como fonte de águas turvas Gotejara em minh'alma a sua rica essência:
“Perdoei-te, querido, as bebidas, as mulheres... Amo-te ainda, e ainda mais se quiseres! Não cessa de pulsar um coração entristecido...”
Não pude encarar-lhe o semblante orvalhado! Ferido de remorso, eu, um cego culpado, Um trânsfuga do amor... Arrependido.
Álvaro Silva.©
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