Meteorologia

Data 25/01/2015 18:36:43 | Tópico: Poemas

À noite:

vento, deduzo forte, assovio rouco.
Força a janela
de madeira
(velha como este corpo já meio-oco)
Nada comparado ao vendaval deixado por ela,
ao fantasma na meia-luz amarelada da lareira.
Visiono na mente o semblante,
relaxada e calma,
na luz da chama tremelicante .
Extradito-me, de tão carente,
para algures no universo, esta alma.
Pela manhã:
O Sol trespassa a fina vidraça;
Irradia fulgor ambiente
e, instintivamente,
é-me opaco e fosco
que, em cada espectro...
vejo ainda o seu rosto!



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=286601