Natalícia

Data 26/01/2015 21:03:18 | Tópico: Poemas


Viva isto,
Abaixo aqueloutro!

Inchados de esperança miragem,
Arfam peitos do povo
No cantar fúnebre,
Que se junta
Ao ritmado rufar de tambores
Em cada natalícia morta
No macabro berço da bebé velha.

No sétimo aniversário
Sem velas
Pra mover a tempestade
Nem fatias de pão
Pra deusa da velhice,
Bebé tanto berra,
É o cerco da fome.

Recomenda-se-lhe
Chucha no estrangeiro,
Que mão maligna alguém
Mete no bolso de canguru

Adelino Gomes-nhaca



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