Anjo condescendente

Data 03/02/2015 09:11:32 | Tópico: Poemas

De todo amor que tenho, te desprezo.
Anjo condescendente que a morte traz.
Morte da esperança que em teus dedos, jaz
Com toda prece que em teu nome, rezo.

Insciente, mata-me com teu afeto
Sufocando-me em lisonja negligente
Tornando meu desprezo inconveniente
Denunciando o indolente que interpreto.

E de teus sorriso alheios, sobrevivo
A contemplar-te em teu voo complacente
Ludibriado por teu encanto inocente.

Fazendo eterno, o sentimento paliativo
Desprezo e amo, em irritante contradição
Sendo desprezado no esquecimento da solidão.


Benjamim H.







Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=287152