Oficinas de ódio

Data 20/03/2015 15:30:01 | Tópico: Poemas

Passo, observo e falo pra ser ouvido,
Inda que houvesse alguém com ouvidos
Pra ver e ouvir o que eu vejo e oiço

Paro, observo e clamo pra ser atendido,
Inda que houvesse viva-alma
Que queira saber da chacina de crianças
Nas oficinas de ódio que se expandem

Penso, repenso e não entendo os homens
Neste difuso universo das indiferenças
Que ceifam vidas antes delas nascerem

Choro, calo e morro de lamentações
Pra que armas se calem
Pra que ódio ceda lugar ao amor
Pra que as crianças corram, corram
Livres pelos campos floridos de esperança

Adelino Gomes-nhaca



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