
O Sal da Terra
Data 26/04/2015 01:03:49 | Tópico: Poemas
| Nós somos as vozes da jornada, A erecção dos cravos ao som da guitarra, do batuque, Pela madrugada.
Nós somos as mãos que gritam em mil gestos obscenos, A desobediência que nos foi imposta
Nós somos o sal da terra, O hino que ainda soa e atordoa Incrédulos ouvidos Trazemos a bandeira em haste Herança de nossos pais.
Somos os trapezistas, os equilibristas No precipício do vosso punhal E se sangramos ainda é porque a máquina do Tempo Nos não consumiu.
Nós somos o arado, somos a seiva Somos os Homens da rua, dos apartamentos e das moradias… Nós somos as vozes da jornada!
Nós somos a infâmia que se derrama na História E vós sois nada!
Nós somos o pão amassado, partilhado à mesa da “pedra filosofal”, Caminhamos na coragem rumo ao efémero Poder de vós, Rosa dos ventos nos pertence E a memória dos nossos avós rejubilará êxtase Em qualquer recanto, aldeia ou cidade Onde nossas mãos se esgueirem Iluminando a Verdade como archotes. © Célia Moura – A publicar “Terra De Lavra”
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