infarto

Data 03/06/2015 19:48:10 | Tópico: Poemas

nunca sofri um mas imagino que seja assim...

Sem magia ou sorte,
dispára a tensão
e, no esterno, uma dor fria.

A batida aumenta. é mais forte
e, nas têmporas, vê-se a pulsação.
Procuro a calma e reduzir a agonia.

Em casa, vivalma,
na mente um amor (perdido)
e na alma a dor (dum ferido)

Na testa, com precisão,
o dong, dong, dum sino,
como anúncio de morte.

Ouço na alma um silvo (fino)
como que chegado o momento
Não desespero, entrego-me à sorte e, espero!

É a minha traição (à vida);
É, sobre o lamento da nossa história (recém vivida)
a única vitória!

Cada minuto uma hora,
cada hora uma eternidade!
Cada poro de pele chora, chora saudade!

O cérebro desmaia
num breve sono, quase profundo
na vista passsam teias ou véus de cambraia.

Desperto-me, acordo,
e. ainda neste mundo,
revivo, triste, os detalhes que recordo.


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