O remanso gira o avental das cores...no mundo estranho que é a tua poesia...Que guardo em mim...

Data 19/06/2015 15:33:40 | Tópico: Poemas

Exangue são as lágrimas do sol
Sem o cheiro de tinta de tuas letras
Enxaguada é a planície verdejante
Respirando de infindo a poesia
Lavando os pés das garrafais
Ora chamuscadas, ora uno...
A cor da terra é pastel no pé de serra
O remanso gira o avental das cores
A tinta mesclada de saudade
Se deita na relva
Esperando o abraço do futuro
Nos braços abraçados e com vida
Sentimentos que perfumam o amanhecer
Na memória que ama
E se perde com a chuva
No temporal que amordaça a poesia
Moldurando o tempo e o espaço
A lejo te vejo, inda
Que te queira a cerca
Timidamente me atrevo a escrever
Linhas, curvas e tríades infindas
Nas silabadas verdades a saber
Formatando palavras adocicadas
Do amor que habita em mim
Consagra na pia sacro, o profano
Momento de te ter...
... cá dentro de mim...
... todo o meu querer...
Mesmo que o topográfico não ajude
Estarei aqui... a escrever!!!.
O sol atravessa o oceano
...e beija a terra
Que tem cheiro de ti
Na fragância do perfume
Dos eflúvios em latência
No mundo estranho
Que é a tua poesia
Que guardo em mim.

Ray Nascimento




Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=294915