Solilóquios de minh’alma - IV

Data 11/09/2015 21:40:50 | Tópico: Poemas

Insistia inda em avaliar a alma que sofria,
no monólogo surdo que a mim se referia.

" - Gritas ao mundo que sofres e és infeliz,
Ornando a tudo com melancólico matiz!
Amealhando compaixões para a desdita,
que nas teias de ilusões não reste adita."

Sem nenhum receio adiante ela mais iria,
por que em angustias mergulhado me via.

Censurava assim minha alma algo arredia
e era ao meu proceder que respeito dizia.
" - O que esperas desse proceder, vil cariz,
não tornará evanescente tua viva cicatriz?
Que uma desavisada alma faça uma visita,
para ser ao triste rol de infelizes inscrita? "



" - Podes mirar um espelho com tanta calmaria,
depois de planejares iludir alguém à revelia?"






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