
A LIRA E A FLAUTA -- o cantar de Apolo
Data 25/09/2015 16:41:37 | Tópico: Sonetos
| A LIRA E A FLAUTA -- o cantar de Apolo — "Eu canto, amiga Erato, o amor em desventura. Eu -- que então do Amor ri no uso que dava às setas -- Fui ferido d'amor, tal-e-qual vossos poetas. Encantado por Dafne, uma ninfa tão pura..." "Eu me achego atraído a sua formosura, E lhe apresento à lira obras minhas diletas. Mas Amor quer vingança e desgraça completas: Avessa Dafne a mim, foge pela mata escura..." "... E não alcanço a ninfa indo, confusa, embora. Ela se transmutou n'uma árvore de louro Às margens do Pereu, que invocou àquela hora..." "Coroo-me em louros triste ao dia já vindouro, Pois eu sou o deus-Sol, que anseia tocar a Aurora, Sem alcançar, no entanto, o seu coche alvilouro..."
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