Punge o peito da Augusta Mãe tão consternada

Data 05/10/2015 18:39:50 | Tópico: Sonetos



Preocupado - n’ ocaso - o Astro-Rei, contempla, mais uma vez,
temeroso, vezo torto, percebe na grei, de Valores ostentados.
Não mais se emocionam diante da visão dos lilases a placidez,
tacanhos que são, cerrados nos maninos orbes egocentrados.

Consumidos por tam reprimível preocupação da cousa mundana,
não mais eles se recordam das alegrias de momentos singelos;
Corações estuosos, na exultação que do Símbolo Pátrio emana;
ao revés de egolatrias, extasiar-se na visão dos Céus tão belos.

De cada um dos Filhos, o que esper’ a Pátria, saber é prosaico:
levantar a Espada na defesa do Honor, ícone ao Caráter conato,
suportar com resignação todas as Adversidades de tenor laico.

Augusta Mãe! Qu' ora vê tantos Filhos proscritos noutras Plagas,
punge-Lhe o peito, a cada átimo que daqui parte um Ingrato,
premido por anelo de no Solo remoto c’o metal pensar chagas









Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=299973