soneto da inclinação das zonas

Data 06/11/2015 22:16:09 | Tópico: Poemas





Estaca o verbo, que tenho comigo tantos sonhos malditos,
figuras tão nefastas das cirandas surgindo de um abismo.
Foi esse o cemitério desvalido de findos projetos infinitos
meã de baixa soez, a fossa de êxtases frutos do casuísmo.

Basta-me o saber hibrido das honras não dimensionadas,
depauperadas são, mas protegido por santos bastardos,
abastardados tão deslumbrados ante visões encantadas,
degenerados como mandam reles propagandas dos bardos.

Afora a dubiedade, não creio que ame tudo, só me atiça,
suscita espécie o cantar na sarjeta das musas prostitutas,
da boca pestilenta, corruptos acatando no coito da liça.

Irrefutável a grita já não vexa mais de pejo às matronas,
vendilhãs da prole, mantenedoras fiéis de rufiões astutos;
abasta-me; cesso calcado na inclinação espúria das zonas.




Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=301613