Poemas : 

soneto da inclinação das zonas

 




Estaca o verbo, que tenho comigo tantos sonhos malditos,
figuras tão nefastas das cirandas surgindo de um abismo.
Foi esse o cemitério desvalido de findos projetos infinitos
meã de baixa soez, a fossa de êxtases frutos do casuísmo.

Basta-me o saber hibrido das honras não dimensionadas,
depauperadas são, mas protegido por santos bastardos,
abastardados tão deslumbrados ante visões encantadas,
degenerados como mandam reles propagandas dos bardos.

Afora a dubiedade, não creio que ame tudo, só me atiça,
suscita espécie o cantar na sarjeta das musas prostitutas,
da boca pestilenta, corruptos acatando no coito da liça.

Irrefutável a grita já não vexa mais de pejo às matronas,
vendilhãs da prole, mantenedoras fiéis de rufiões astutos;
abasta-me; cesso calcado na inclinação espúria das zonas.


 
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ReflexoContrito
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 08/11/2015 19:58  Atualizado: 08/11/2015 19:58
 Re: soneto da inclinação das zonas
Um poema deslumbrante


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 08/11/2015 23:32  Atualizado: 08/11/2015 23:50
 Re: soneto da inclinação das zonas
Apesar de muito não compreender do que observo no que ocorreu e ocorre nesse planeta, um porém é matematicamente correta,infalível:A constância surpreendente da raça humana.
Uns conseguem manter uma sequência baseada nos parâmetros das leis sociais,outros na lei da própria consciência, ora... É incontendível isso pela ambiguidade de cada atitude,se A diz Y, Y grita U e por ser mantida a sangue e a força,sem um milímetro de recuo, nasce tudo o que você expressa em seu notável soneto.
É sabido que a seta só atinge o objeto do alvo se esse mesmo objeto proporcionar abertura para que o intento seja alcançado.
Se malditos ou não... A quem pertence o direito de sonhar?