Corrigindo o azimute do vento

Data 07/11/2015 13:44:03 | Tópico: Sonetos




Do leste a oeste, todos viram a pedra rolada,
quando se safou o grupo da sombra fardada,
e acordou inquieta a noiva parda na ciranda,
enciumando as pás dos moinhos de Holanda.

Depois, aproximou-se sutil do bardo sentado,
da varanda deixando increu sorriso quebrado,
um bando de tratores detratores de viadutos,
girando áridos e vorazes diligentes nos dutos.

Desmanchados enfim em guirlandas e grinaldas,
piscando os dardos nas fraldas frias das luzes
provocaram os ciúmes da balda nas esmeraldas.

Mas, no final, afinal cometerem suicídio fatal,
aguilhoados nos espinhos dos cardos em cruzes
para correção do falso azimute ao vento banal.






Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=301641