DO DESPOTISMO

Data 12/11/2015 11:09:30 | Tópico: Sonetos

DO DESPOTISMO

Jamais vou entender quem se pretende
Perseguidor dos ânimos alheios...
Somente a justificar co'os fins aos meios,
Acto contínuo, quanto fere e ofende.

O seu império mais além estende,
Muito embora mesquinhos seus anseios.
O pior do poder é o ter sem freios
E como algo que tão-só a si rende.

Até quando uns senhores bons de merda
Locupletam-se à custa da miséria?
Propriedades e influência o fidalgo herda,

Enquanto outros labutam pela féria.
Sequer vê à direita ou mesmo à esquerda.
Apenas passa... O grande de Paupéria!

Betim – 23 10 2004



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