Sonetos : 

DO DESPOTISMO

 
Tags:  SONETOS 2004  
 
DO DESPOTISMO

Jamais vou entender quem se pretende
Perseguidor dos ânimos alheios...
Somente a justificar co'os fins aos meios,
Acto contínuo, quanto fere e ofende.

O seu império mais além estende,
Muito embora mesquinhos seus anseios.
O pior do poder é o ter sem freios
E como algo que tão-só a si rende.

Até quando uns senhores bons de merda
Locupletam-se à custa da miséria?
Propriedades e influência o fidalgo herda,

Enquanto outros labutam pela féria.
Sequer vê à direita ou mesmo à esquerda.
Apenas passa... O grande de Paupéria!

Betim – 23 10 2004


Ubi caritas est vera
Deus ibi est.


 
Autor
RicardoC
Autor
 
Texto
Data
Leituras
609
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
14 pontos
2
2
1
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Jmattos
Publicado: 12/11/2015 11:41  Atualizado: 12/11/2015 11:41
Usuário desde: 03/09/2012
Localidade:
Mensagens: 18165
 Re: DO DESPOTISMO
Ricardo
Esse soneto é um grande desabafo! Gostei!
Beijos!
Janna