Cruz e Souza

Data 21/02/2008 19:21:07 | Tópico: Sonetos

Cruz e Souza

Ah cisne! Cisne negro de alma clara.
C'nobita a poetar do sisifismo
E dos escravocratas de talara,
Da senzala do grande simbolismo.

És tu, vil poeta de coerção funesta,
Ah grande astro de versos formosos
Tal Artista ameno, branco co'honesta
Da tristura ca' dos violões chorosos.

Gládios de crepusculares sonetos,
Sonetos e de melopéias, que ousas
O Infinito grilhão do tal cianeto.

Zoilo das ebúrneas grinaldas, cousa
Bela e macabra, co' refreado peto,
És tu, ó grande gênio, Cruz e Souza.

P.S Gostaria de agradecer a ajuda de Godi, que me exclareceu algumas dúvidas e me ajudou em alguns versos. Abraço!


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=30231