Alma Penada

Data 02/12/2015 15:50:23 | Tópico: Sonetos

Num labirinto que a saída veste a dúvida
Na alma que a procura pulsa um coração
Com a arte de um sonho que a cor é vida
Mergulha na ilusão em que jura ser razão.

Passos falsificados pela verdade contida
Nas mãos do olhar que o brilho é traição
A história que o enredo, a ela lhe é lida
Pelo cotidiano que a certeza não é chão.

Vago sentido que o respirar lhe é violência
Em forma e carência que o hálito suscita
Anuviando o senso pela falta de cadência

Do sistema que em contramão por essência
Não emociona quando não mais se acredita
No real que a escrita sofre a sua ausência



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=302731