
A Garganta
Data 05/12/2015 23:18:59 | Tópico: Poemas
| Paredes em branco, navegávamos nós dois. Em um espaço pequeno, pequeno recipiente de medos. Um caminho de sonhos flutuantes que vento vem e fecha, fecha tudo. Um mundo que abraça e não faz mal.
Um tempo em espaço, apenas o som de respirações, dos corações, da água cortada. Fatiamos aqui o rio do relento. Vou para poder amar e sofrer.
Selamos a cumplicidade e atraímos os defeitos para daí sermos tocados como um amante à pele desejada, sorve-nos qualidades.
Olho meu reflexo, esse rosto, esses olhos. Olha-me a alma, que aquece, cor de céu.
Não paramos, a cada braçada, cada parede que desmorona a nossa volta faz a dor acabar e fulminante mata-nos.
Mata aqui meu coração e, e ela não volta...
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