Paredes em branco, navegávamos nós dois.
Em um espaço pequeno, pequeno recipiente de medos.
Um caminho de sonhos flutuantes que vento vem e fecha,
fecha tudo. Um mundo que abraça e não faz mal.
Um tempo em espaço, apenas o som de respirações,
dos corações, da água cortada. Fatiamos aqui o rio do relento.
Vou para poder amar e sofrer.
Selamos a cumplicidade e atraímos os defeitos para daí sermos tocados
como um amante à pele desejada, sorve-nos qualidades.
Olho meu reflexo, esse rosto, esses olhos.
Olha-me a alma, que aquece, cor de céu.
Não paramos, a cada braçada, cada parede que desmorona a nossa volta
faz a dor acabar e fulminante mata-nos.
Mata aqui meu coração e,
e ela não volta...