Poemas : 

A Garganta

 
A Garganta
 
Paredes em branco, navegávamos nós dois.
Em um espaço pequeno, pequeno recipiente de medos.
Um caminho de sonhos flutuantes que vento vem e fecha,
fecha tudo. Um mundo que abraça e não faz mal.

Um tempo em espaço, apenas o som de respirações,
dos corações, da água cortada. Fatiamos aqui o rio do relento.
Vou para poder amar e sofrer.

Selamos a cumplicidade e atraímos os defeitos para daí sermos tocados
como um amante à pele desejada, sorve-nos qualidades.

Olho meu reflexo, esse rosto, esses olhos.
Olha-me a alma, que aquece, cor de céu.

Não paramos, a cada braçada, cada parede que desmorona a nossa volta
faz a dor acabar e fulminante mata-nos.

Mata aqui meu coração e,
e ela não volta...

 
Autor
Milatuanne
 
Texto
Data
Leituras
1102
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
9 pontos
3
3
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Jmattos
Publicado: 07/12/2015 18:39  Atualizado: 07/12/2015 18:39
Usuário desde: 03/09/2012
Localidade:
Mensagens: 18165
 Re: A Garganta
Mila
Adorei a leitura! Imaginei a somatização, não lidamos com as dores, perdas, não colocamos para fora, só descem garganta adentro e podem nos matar! Beijos!
Janna


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 08/12/2015 09:42  Atualizado: 08/12/2015 09:42
 Re: A Garganta
Sueupoema demonstra um desprazer de um amor vivido que deixou em ti a amargura em teu cora contido.

poema sentimental