VERSOS D'ALCOVA

Data 21/12/2015 14:56:03 | Tópico: Sonetos

VERSOS D'ALCOVA

Ainda em meio ao banho, por espelhos,
Te observava os reflexos no azulejo.
Desnuda-se a beleza n’um lampejo:
Curvas d’ombros, seios, nádegas, joelhos...

Mas, se paixões desdenham de conselhos,
Baldo é ditar razões contra o desejo…!
Ao toque de meus dedos, suave arpejo,
Deixaste nossos corpos já parelhos.

Logo não serei mais do que a loucura
De, ávido, m’embriagar da formosura
De tuas nuas curvas femininas.

Após, abandonado sobre a alcova,
Com teus olhos nos meus eu me comova,
Retendo o teu prazer pelas retinas.

Belo Horizonte – 02 02 1992




Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=303521