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VERSOS D'ALCOVA

 
Tags:  SONETOS 1992  
 
VERSOS D'ALCOVA

Ainda em meio ao banho, por espelhos,
Te observava os reflexos no azulejo.
Desnuda-se a beleza n’um lampejo:
Curvas d’ombros, seios, nádegas, joelhos...

Mas, se paixões desdenham de conselhos,
Baldo é ditar razões contra o desejo…!
Ao toque de meus dedos, suave arpejo,
Deixaste nossos corpos já parelhos.

Logo não serei mais do que a loucura
De, ávido, m’embriagar da formosura
De tuas nuas curvas femininas.

Após, abandonado sobre a alcova,
Com teus olhos nos meus eu me comova,
Retendo o teu prazer pelas retinas.

Belo Horizonte – 02 02 1992



Ubi caritas est vera
Deus ibi est.


 
Autor
RicardoC
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