Soneto do mito-concreto

Data 04/01/2016 11:23:35 | Tópico: Sonetos

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Mas depois que ninguém veio, calou a voz antes altiva,
pois que ledo bebeu dos sonhos do passado proscrito;
a nenhum pensou; brilhou através dela, a efígie cativa,
brandindo reflexos na imensidão da alma por quesito.

Contrito, sentindo-se vivo, mas algo já triste, secreto,
negou-se à felicidade do amor aos próximos bisonhos;
tentando sair de si, da desgraça própria de ser epíteto
de todo seu mundo arquitetado espelhado nos sonhos.

Que será que ilustra de perto, será primaz assertiva,
de aflitiva vida estará no seio que indefeso encerra,
fenômenos tais dos vórtices que gratificante motiva?

O entusiasmo e emoção, quiçá lágrimas, mito-concreto,
pois se havia tergiversado no caminho, a boca cerra,
evidente sem sol nas tempestades frequenta obsoleto.



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