
Sombra Errante
Data 28/01/2016 11:15:04 | Tópico: Poemas -> Introspecção
| Sombra Errante Minha alma se queda, inquieta, nas brumas das noites sem luar, vazia de emoções, de cor e de luz. É como qualquer estátua erguida em jardim esquecido, tomado pela floresta, sombra errante no desfilar dos dias.
Na pedra cinzelada apenas escorre o negrume das tormentas de ilusões e, nos veios, gangrena a solidão. Do olhar, as lágrimas petrificadas são suspiros moribundos que fenecem aos cantos e sussurros dos amantes.
Os lábios petrificados se emudecem, saboreando o sal corrosivo e sedento, nos murmúrios antecedentes de agonia. Como te chamar na multidão hostil caminhando no horizonte longíquo, se és somente um espírito anónimo?
Como apelar às musas seus encantos e aos poetas seus cantos e paixões. Se tudo meu se esvai errante na sombra? Que carinhos poderão da alma emanar, que cruzem minha sombra ao teu caminho, e floresçam amores? Erro da sombra...
Sombra errante de corpo vagabundo!
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