Soneto do sedento inato

Data 03/02/2016 00:15:15 | Tópico: Sonetos








Não tema esta vida por ser desmedida, sedento,
para o beneplácito de não haver tímido contato.
Aceitar lavorando, do poder da fé tirar o talento,
carregar nas cores para não atenuar o retrato.

Surgindo de chofre, rechaço a zombaria, altivo,
careça a razão – mormente prejudicial e mediato.
Senhorial palavra que antes do reles substantivo,
se vê subjugado diante dela, ingente o desbarato.

A dizer a palavra na boca rota repetir compassivo,
se fruição de vida, não surge sequer compreensivo
e o sentimento desperto novamente terá intuitivo

Mas a velha voz foi ouvida novamente como fato,
toda geração genefluxada em dorso de imediato,
será gloriosa a obra que transmite sedento inato.




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