A Imortalidade que perdi

Data 14/02/2016 08:06:14 | Tópico: Poemas



Foram momentos de grande euforia,
tanto elevo,
a mais pura exaltação como numa elegia.
E na apoteose dessa paixão,
em pleno êxtase,
numa fúria cega,
vi-me como se revestido de aço,
invulnerável
e irrepreensível resilente
imune aos estilhaços das granadas.

Se ainda havia a Morte, não cria nela...

Após momentos dessa apologia à imortalidade
- glorificação de um próprio eu incandescente,
cedo à ebulição do febril entusiasmo.

Num repente,
tornando à rotina sem ênfase,
livre de todo alvoroço experimentado,
tomado pela irritação
- a efervescência da ira
e a frustração exalo diante da Imortalidade que perdi.



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=305668