Poemas : 

A Imortalidade que perdi

 


Foram momentos de grande euforia,
tanto elevo,
a mais pura exaltação como numa elegia.
E na apoteose dessa paixão,
em pleno êxtase,
numa fúria cega,
vi-me como se revestido de aço,
invulnerável
e irrepreensível resilente
imune aos estilhaços das granadas.

Se ainda havia a Morte, não cria nela...

Após momentos dessa apologia à imortalidade
- glorificação de um próprio eu incandescente,
cedo à ebulição do febril entusiasmo.

Num repente,
tornando à rotina sem ênfase,
livre de todo alvoroço experimentado,
tomado pela irritação
- a efervescência da ira
e a frustração exalo diante da Imortalidade que perdi.

 
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aziago
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