FANTASMAGÓRICO

Data 15/02/2016 11:18:19 | Tópico: Sonetos

FANTASMAGÓRICO

Sinto inundar-me o halo de luz vinda
Da lua por desoras no meu leito.
Célere me acelera agora o peito
Com que saúdo a morte em vida ainda.

A despeito de minha história finda,
Não vejo o que fazer de qualquer jeito:
A morte é antes facto que conceito,
Muito embora quimera; embora linda...

De que me vale ser sem minha carne?!
Como alegrar-me em ser eterno e etéreo?!
Em meio a luzes feitas de mistério,

Qu’eu faleça, ou melhor, qu’eu desencarne!
Seguindo para a luz, transcenda enfim,
Enquanto eu me deixar de ser em mim.

Betim - 11 11 2010



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