...voz das mãos silenciada...

Data 15/02/2016 12:22:10 | Tópico: Poemas

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Talvez o abismo nos cubra de vácuo
Ou somos o próprio subindo a escada
na memória da pele há poemas
mesmo vestidos de tempestades
na rua que a chuva cai sobre nós.

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Na tela psicológica
te vejo distante de nós
ao mesmo tempo tão perto
deixando as digitais
ao folhear o corpo folha a folha
da avenca cansada de rema
contra a correnteza
n'um barco junto com o tigre
a ponto de atacar ou numa ilha
d'onde há plantas carnívoras.

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Ilha que contém em páginas
que desfilam no desfiladeiro
do olhar que ler o outro olhar
que tenta fugir do sentir
do nome que me cerca
a voz das mãos molhada de dor.

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Quero-te por perto
inda que soa a chuva
e molhe os pés da vida
amontanhando em busca
do roseiral em flor...

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A saudade é o único verbo
que conjuga o poema
que a ti dedico depois de luas
com a voz das mãos silenciada.

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O sentimento que molha meu coração
é o mesmo que cabe em meu corpo nu
movimentando freneticamente o querer
olhando o telhado do vitral do prazer
que cabe em meu intimo vertendo
o teu sono e sonho.

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Amo-te e isso me basta!!!
mesmo com lágrimas no olhar.

Ray Nascimento





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