Soneto das almas simplórias – “Simplices animae “

Data 22/03/2016 17:51:22 | Tópico: Sonetos


Pois então me condenou qual safardana,
ordenou que doutra bem-aventurança
não haveria a sofreguidão à meridiana,
não queria sequer a mais tenra fiança.

Pelas decisões havidas na hora sexta,
acarretou eflúvios da dor mais dura;
em silêncio sofrer na alva pretexta,
desconhecido do sentimento a jura.

Remoto e ignaro para o cerne que era
o sentimento da preterição, tal a fera.
Desdém... finda festa em clivo inglório.

Resta um átrio estéril para memórias,
mementos lentos de almas simplórias.
Sentimento? Houve sim, mas ilusório.


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