Noite Serena

Data 12/07/2016 00:57:15 | Tópico: Poemas

Ouça o chamado, o meu grito
Que reverbera na pedra, na parede
Da memória da lembrança insólita
Feito arabescos gregos e romanos.

Ouça o chamado, o desespero
De quem te ama e sente medo;
De quem te espera na janela
Quando o dia desperta mais cedo...

Quanto mais escrevo não percebo
Que o destino nos turva os meandros
Deixando para outros nossos planos
Sendo assim, acho que eu não a mereço...

Ouça a canção que eu te fiz
Nas tardes ensolaradas de Março
Recluso dentro do meu quarto
Com tua presença presa na cabeça...

Antes que eu me esqueça, querida,
Não pude te dar a Terra Prometida,
Apenas terá de mim estas pobres linhas
Sentidas, escritas genuínas e doridas.

Ouça meu vagido, meus gemidos
Veja minhas lágrimas deslizantes
Que prateiam minha face morena
Veja meus sorrisos se esvaíndo...

Se eu fosse o pai dos teus filhos
Aquele quem te tece mil poemas
Eu seria mais contente entre contentes
E adormeceria no seio da noite... Serena.



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