Grilo - Lizaldo Vieira

Data 20/07/2016 04:12:27 | Tópico: Poemas

Grilo – Lizaldo Vieira
Bateu um grilo na telha
Bem a brasileira
Ideia de penca
A esse mau cheiro no sovaco
Quem sofre mais é muleta
Jogo de faz de conta
Quebra pau no barraco
Parada de conquista amuada
Viola que todos tocam
Pigarro na garganta
É cantada de matuto
Batom vermelho
Deixe os lábios grossos e apetitosos
Assim dizem as damas da noite
Com telhado de vidro
Não brinca com estilingue
Meu olhar bateu no teu
E fez incomodar muita gente
Galo velho só cozinha com milho seco
Quem perde a venta na corrida
É vaqueiro na pega do boi do buraqueiro
Doçura da boa
É essa risada gostosa
Das lavadeiras da mata do cipó
Quem deixa a roupa mais limpa
Frieira da brava
Nos pés
Nas mãos
Na virilha e nas unhas
Doideira de coceira gostosa
Só para quando escaldar com chá preto
Todo tipo de corno tem explicação
Fraterno é o tipo que empresta a mulher Para o irmão
O frio- leva chifre e não esquenta
O galo -leva chifres até nos pés
Corno granja - dá casa e os Outros Comem
Em tempos de crise tinha qua aparecer a inflação - a cada dia que passa o chifre Só aumenta mais ele aguenta
E o corno bola - quanto chute leva o Desgraçado vai e volta
Só se sabe que quem tapa parede é Barro
A cura da bronquite
Tá num escarro depois da beberagem
De vó bina
Até farinha com toucinho é devorada
Porque a melhor comida é a fome



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