Grilo – Lizaldo Vieira 
Bateu um grilo na telha
Bem a brasileira 
Ideia de penca 
A esse mau cheiro no sovaco  
Quem sofre mais é muleta 
Jogo de faz de conta 
Quebra pau no barraco 
Parada de conquista amuada
Viola que todos tocam 
Pigarro na garganta 
É cantada de matuto 
Batom vermelho 
Deixe os lábios grossos e apetitosos 
Assim dizem as damas da noite  
Com telhado de vidro 
Não brinca com estilingue 
Meu olhar bateu no teu 
E fez incomodar muita gente 
Galo velho só cozinha com milho seco 
Quem perde a venta na corrida 
É vaqueiro na pega do boi do buraqueiro 
Doçura da boa
É essa risada gostosa 
Das lavadeiras da mata do cipó 
Quem deixa a roupa mais limpa 
Frieira da brava 
Nos pés
Nas mãos
Na virilha e nas unhas
Doideira de coceira gostosa
Só para quando escaldar com chá preto 
Todo tipo de corno tem explicação 
Fraterno é o tipo que empresta a mulher Para o irmão
O frio- leva chifre e não esquenta
O galo -leva chifres até nos pés
Corno granja - dá casa e os Outros  Comem
Em tempos de crise tinha qua aparecer a inflação - a cada dia que passa o chifre Só aumenta mais ele aguenta
E o corno bola - quanto chute leva o Desgraçado vai e volta
Só se sabe que quem tapa parede é Barro 
A cura da bronquite 
Tá num escarro depois da beberagem  
De vó bina
Até farinha com toucinho é devorada
Porque a melhor comida é a fome 
                
Q U E  S E  D A N E  C U S T O  d e  V I D A  - Lizaldo Vieira
Meu deus
Tá danado 
É todo santo dia
O mesmo recado 
La vem o noticiário 
Com a 
estória das bolsas
Do que sobe e desce no mercado 
De Tóquio 
Nasdaq
São paulo 
É dólar que aume...