Galopante loucura no estar predileto

Data 02/08/2016 10:24:58 | Tópico: Poemas

Insignificante que seja, tal assemelhado à poeira do giz,
não é conveniente deixar a queimar, sublimar a ternura.
Há de ter suspiros, hálitos queimantes colorindo o matiz,
ao mesmo tempo trêmulo, estático, ser ícone de pintura.

Não é pior do que chegar ao derradeiro umbral seleto,
poucos como canhestro Orfeu podem tanger a harpa,
embora se apoiasse no chão a guisa do andar concreto
raros aqueles que nos desvãos poderiam resistir à farpa.

Talvez tantas houvesse presentes medo e vergonha,
jamais a presença poderia ter-se acoimado ao trajeto,
em nada relembram os recursos da aparência bisonha.

Como inerentes ver-se-iam a galope a raça e a loucura,
a ferro e fogo porque mais desagradável ser predileto,
apesar de correr na liça tal páreo eivado da negrura.



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