O Melro
Data 21/08/2016 23:16:14 | Tópico: Poemas
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O Melro
Tenho da noite o negrume Que é cor da minha plumagem Com que voo todo o dia. A viver nesse corrume, Numa constante viagem, Tudo faço em sintonia Pois tenho esse costume De viver, numa voragem, Sempre cheio de alegria.
Meu bico amarelo de ouro, Cujo valor não desdouro, Cava em busca de alimento, Pelas matas e jardins, Minhocas e outros afins Que me servem de sustento.
Minhas penas luzidias Vestem o fato de gala Com que entoo minhas árias Canto alegres sinfonias, Minha voz nunca se cala, Faço modulações várias.
Construo no arvoredo Meu ninho envolto em segredo Onde crio a ninhada Com suculenta bicada.
E pelas tardes de estio Faço ouvir meu assobio.
Juvenal Nunes
Uma legislação cinegética colocou,recentemente, o melro debaixo da mira dos caçadores. Ave emblemática das matas, parques e jardins levou a que a sua simpatia e aceitação generalizada fizesse com que a lei fosse banida. Deixo aqui a minha homenagem.
Juvenal Nunes
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